Julio César quebra o silencio e fala quem são as mulheres que desfilam no carnaval 2017.
Eu costumo dizer que no carnaval funciona assim:
Foto: Julio César by Fotógrafo Fàbio Robustelli
De um lado estão as musas das comunidades que são responsáveis por trazer
o verdadeiro samba no pé com a mais perfeita maestria e podem usar a fantasia
que quiserem, pois elas têm a consciência do que é ser uma verdadeira rainha e
jamais vai sambar de forma vulgar, muito pelo contrário, a postura e a
elegância combinado com um tsunami nos pés e tufão no quadril só nos enche de
orgulho e mostra que o Brasil é o país do carnaval
Foto: Musas das comunidades by Fotógrafo Fábio Roubustelli
De outro lado estão grandes celebridades que geralmente são
representadas por "atrizes Globais" que mesmo não trazendo o legitimo samba no pé
que nasce na comunidade do samba, não vulgarizam o posto que estejam exercendo e contribuem de forma positiva com mídia é maior visibilidade para o
carnaval sendo mais fácil a captação de recursos para suas agremiações.
Foto: Ivete Sangalo by Revista Caras
E na contra mão de tudo, de tudo mesmo estão aquelas que não são do samba, mas buscam
fama a qualquer preço, as "subcelebridades"como contou Andressa Urach em seu livro e entrevistas pela mídia em geral.
Andressa Urach; Imagens da Internet
Essas acabam vulgarizando sua participação usando fantasias sempre nuas e
bailando com gestos vulgares que não tem nada haver com a arte e desenvoltura
da verdadeira sambista.
Infelizmente, a mídia não costuma diferenciar essas mulheres e acabam
todas caindo na vala comum, e o pior de tudo, sua imagem é vulgarizada injustamente.
Não estou aqui dizendo que uma mulher que não sabe sambar não pode
desfilar no carnaval, muito pelo contrário, deve sim, mas cabe aos dirigentes e
a ela mesma a consciência que o carnaval é a maior festa popular do planeta,
gera mídia para todo mundo. De certa forma o Brasil está no carnaval sendo representado e mais
precisamente a imagem da mulher brasileira tanto quanto da nossa cultura,
portanto.
Não adianta grupos defenderem a imagem da mulher brasileira e mais
precisamente a negra quererem acabar com a mulata Globeleza e concurso musa do carnaval no Programa Caldeirão do Huck, na Rede Globo” que a meu ver com roupa ou sem
roupa é uma verdadeira sambista que está exercendo seu papel de cidadã fazendo um
trabalho digno. Muitas fezes ganham um belo cachê ou mesmo quando feito de
forma gratuita dentro ou fora da sua agremiação é por vontade própria, pois
nunca vi no mundo ninguém obrigar uma mulher a sambar, muito pelo contrário
elas disputam com garras e unhas o espaço que é pequeno para elas e cada vez
fica menor diante de tantas pedras jogadas no seu caminho.
Concordo que a mulher negra não deva somente aparecer na mídia ou
qualquer outro meio de comunicação somente na época do carnaval e muito menos
com pouca roupa, ela deve aparecer durante o ano inteiro em todos meios de
comunicação da forma que elas quiserem, pois são mulheres livres para escolherem o que é
melhor para sua vida, e infelizmente, os sonhos de muitas tem sido destruído
por aqueles que deveriam defendê-las,
mas não o fazem, e o pior de tudo é que são da sua própria raça.
Precisamos
ocupar os espaços que nunca nos foi permito, e quanto ao que estamos, cabe a
cada um de nós decidirmos se queremos continuar e a forma que queremos sem a
opinião de quem não representa ou executa aquilo que estamos fazendo.
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